quarta-feira, julho 29, 2009

É hora de acorda?

Durante um tempo de minha vida tive que trabalhar durante a noite. Por forças das circunstâncias, como a minha costumeira falta dinheiro, me forçou a ir exercer minha atividade profissional durante o período noturno. Foram dois anos e quatro meses, sob um manto escuro e solitário!
Mas aprendi algumas coisas que levarei para o resto de minha vida e outras que graças a meu bom Deus não estão mais comigo, como aprender a fumar e a largar, aprendi que não devemos nos preocupar com simples fofocas e uma das coisas que eu mais me orgulho de ter aprendido, foi a gostar mais da minha própria companhia.
Certa vez eu li uma frase do filósofo alemão Friedrich Nietzsche: "Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia.” Não que eu seja um fã ou leitor de Nietzsche, mas gostei por que expressava justamente o que eu sentia: ”estar no meio de muita gente que não valia nada” (ao menos a meus olhos). Já tinha em minha mente que é melhor ficar sozinho, do que mal acompanhado. O que eu não tinha me dado conta, era que isso precisava ser colocado em prática. Então comecei trabalhava seis dias por semana, iniciando domingo às 22h00min e terminando às minhas atividades profissionais da semana sábado às 06h36min, mal tinha tempo para sair ou executar qualquer outra atividade de cunho social, que incluía até uma conversa com minha própria mãe. Fui deixando de lado certos ambientes que achava essenciais à minha vida. Porém, como todo ser humano, é interessante observar que apesar de me julgar diferente dos demais, hoje sinto uma necessidade de me organizar socialmente, o problema é como fazê-lo.
Ainda com uma mentalidade um tanto imatura e tendo em vista uma sociedade sem valores, fica-se cada vez mais difícil a integração com os demais. Como homem comum e como animal, que tem a anseio de procurar aquela pessoa com quem se relacionar afetivamente, torna-se necessário a “reciclagem" do idealismo juvenil, que vem me acompanhando durante anos.
O que gostaria de expor aqui, é que, no entanto, apesar das pressões maciças e de todos os atrativos corruptores a inteligência humana, por sua natureza mesma, conseguir lidar com pessoas, independentemente de sexo, orientação religiosa, raça, nível econômico-social, etc. É cada vez mais difícil, e se é fato que chegará o momento em que ficarei sozinho, à mercê de mim mesmo, fico com uma interrogação em minha cabeça: O quê será de mim ? Quando for forçado a me misturar com os demais e a confrontar minhas idéias com os donos de mundo aonde não sou absolutamente nada?
Trocando em miúdos, gostaria de saber como lidar melhor com os demais humanos, sem parecer ignorante, incompetente ou até mesmo preconceituoso. Fechei-me de tal forma em mundo dentro de minha própria mente que acorda para vida vai ser uma batalha mais dura de minha existência. Não sei o que fazer, além de esperar e ter fé.

2 comentários:

Cati Carpes disse...

Oi, te encontrei no twitter. Essa frase do Nietzsche "odeio quem me rouba a solidão..." eu gosto bastante também, até já tinha publicado ela lá no meu blog =)

beijoss

Aerials disse...

Olá...
Eu também te encontrei no Twitter!
Vou passar lá no seu blog para dar uma expiada! rs

Beijo, até mais!
:)